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Quando eu era criança, encontrei, um dia, um jardineiro, com uma tesoura enorme na mão.
Fiquei revoltado quando vi que ele, com a sua tesoura, começou a cortar os galhos mais tenros de todas as plantas.
Reclamei, agarrei-o pelo braço. Ele sorriu e pediu-me que, depois de um mês, eu voltasse a ver o resultado do que tinha feito.
E, de fato, um mês depois todas as plantas estavam ainda mais belas e cheias de vida.
Foi assim que aprendi o segredo das podas.
Quando li, no Evangelho, que o Criador e Pai poda justamente os galhos que dão frutos, entendi, aceitei, porque eu já sabia o efeito da poda. Por que todos nós temos a tentação de imaginar que os sofrimentos que nos chegam são castigos de Deus?
Por que não pensar que Deus permite sofrimentos físicos e morais, como o agricultor que poda suas árvores, para que dêem mais fruto ainda?
Por mais que o sofrimento nos desnorteie; por mais que certos sofrimentos pareçam absurdos e revoltantes, agarremos-nos a estas duas certezas, como quem se agarra a dois cabos de aço: Deus existe e Deus é Pai.
Dom Hélder Câmara
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" As pessoas têm estrelas que não são as mesmas.
Para uns, que viajam, as estrelas são guias.
Para outros, elas não passam de pequenas luzes.
Para outros, os sábios, são problemas.
Para o meu negociante, eram ouro.
Mas todas essas estrelas se calam.
Tu porém, terás estrelas como ninguém...
Quero dizer: quando olhares o céu de noite,
(porque habitarei uma delas e estarei rindo),
então será como se todas as estrelas te rissem!
E tu terás estrelas que sabem sorrir!
Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido.
Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá).
Terás vontade de rir comigo.
E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu.
Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!"
Antoine de Saint Exúpery
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